D. João Câmara

Requiem aeternam… Todas as tardes, quando o azul no alto do céu começava a desmaiar, ou já a enlutar-se nas

Perdido Quando ouviu ao longe, no campanário da freguesia, bater meia-noite, entreabriu de mansinho a porta da choupana e escutou

Os netos Andavam todos pasmados, a falar baixinho pelos cantos. O d. Afonso parecia outro! Se fosse um Afonso qualquer!…

O Ventura Quando começou de namoro com a Maria Eduarda, ainda não havia carreiras de vapor. Faziam apenas concorrência aos

O primeiro socorro Mal se tinham acendido as luzes no Coliseu, quando ele entrou devagarinho, triste, um pouco asmático, meneando

O presépio Havia quase um ano que estava na loja, mercearia num bairro escuro, em que mal entrava de esguelha,

O paquete Era no fim da azinhaga — uma azinhaga estragada pelas chuvas do inverno e tendo ainda marcada na

O Mimoso Esta frio — dizia ele subindo o Chiado. Era um homem de 40 anos, magro, quase cadavérico, de

O meu revólver Em dezembro. O sol morria depois de curta vida. A tarde era fria e o vento cortava.

O baile dos velhos Houve esta noite festa rija em casa dos padeiros. Casados há 50 anos, festejaram com estrondo