Mário Quintana

O Vento e Eu O vento morria de tédio Porque apenas gostava de cantar Mas não tinha letra alguma para

Ritmo Na porta a varredeira varre o cisco varre o cisco varre o cisco Na pia a menininha escova os

O Mapa Olho o mapa da cidade Como quem examinasse A anatomia de um corpo… (É nem que fosse o

Os Arroios Os arroios são rios guris… Vão pulando e cantando dentre as pedras. Fazem borbulhas d’água no caminho: bonito!

Os Hóspedes Um velho casarão bem-assombrado aquele que habitei ultimamente. Não, não tinha disso de arrastar correntes ou espelhos de

Eu escrevi um poeminha triste Eu escrevi um poema triste E belo, apenas da sua tristeza. Não vem de ti

Ah! Os Relógios Amigos, não consultem os relógios quando um dia eu me for de vossas vidas em seus fúteis

Canção de Barco e de Olvido Não quero a negra desnuda. Não quero o baú do morto. Eu quero o

Nos salões do sonho Mas vocês não repararam, não?! Nos salões do sonho nunca há espelhos… Por quê? Será porque

Quando eu me for Quando eu for, um dia desses, Poeira ou folha levada No vento da madrugada, Serei um