Fernando Pessoa

D. Pedro, Regente de Portugal Claro em pensar, e claro no sentir, E claro no querer; Indifferente ao que ha

D. Fernando, Infante de Portugal Deu-me Deus o seu gladio, porque eu faça A sua santa guerra. Sagrou-me seu em

D. Duarte, Rei de Portugal Meu dever fez-me, como Deus ao mundo. A regra de ser Rei almou meu ser,

D. Philippa de Lencastre Que enigma havia em teu seio Que só genios concebia? Que archanjo teus sonhos veio Vellar,

D. João o Primeiro O homem e a hora são um só Quando Deus faz e a história é feita.

D. Diniz Na noite escreve um seu Cantar de Amigo O plantador de naus a haver, E ouve um silencio

D. Affonso Henriques Pae, foste cavalleiro. Hoje a vigilia é nossa. Dá-nos o exemplo inteiro E a tua inteira força!

D. Tareja As nações todas são mysterios. Cada uma é todo o mundo a sós. Ó mãe de reis e

  O Conde D. Henrique Todo começo é involuntario. Deus é o agente. O heroe a si assiste, vario E

Viriato Se a alma que sente e faz conhece Só porque lembra o que esqueceu, Vivemos, raça, porque houvesse Memoria